A obra de arte que mudou tudo...
- Fellipe Eloy Teixeira Albuquerque
- 25 de ago. de 2018
- 2 min de leitura
Minha experiência com a 29ª Bienal de São Paulo foi sem dúvida o que me levou a trabalhar com arte contemporânea. Foi tudo tão intenso para mim, que não me preocupei em fazer anotações ou registros na época sobre minhas sensações. Mal sabia eu que aquela mostra poderia marcar minha vida para sempre. Já escrevi alguns artigos citando o “caso dos urubus” de Nuno Ramos, principalmente para falar sobre questões ligadas à censura, mas ainda não tive oportunidade de escrever algo sobre a obra que realmente me causou uma sensação de arrebatamento. Hoje eu sei que se trata de D'est (1993) de Chantal Akerman, mas até outro dia pensava ser que fosse: de Douglas Gordon. Por ambas serem videoinstalações e terem sido expostas na Bienal de 2010, acrescidas da minha falta de cuidado em fazer anotações, me levaram ao erro. Erro este que por consequência da minha formação em História da ate se mostrou altamente construtivo [...] O erro diz respeito ao fato de que por conta da confusão criada sobre a autoria e título da obra, pesquisei sobre Douglas Gordon e descobri que estava com uma exposição montada no IMS- Instituto Moreira Salles da Paulista em São Paulo.
Minhas lembranças são turvas, não sinto firmeza em confirmar o trajeto completo que tracei. Sei que já tinha me adentrado na “Origem do 3º Mundo”, me introduzido naquela obra que faz referência ao Oiticica. Subi algum andar e passei por uma obra que- não sabia o título, nem a autoria até a pouco tempo- para minha surpresa estava cheia de televisores e com um certo conflito de sons, interferências e luzes. Aquele conjunto, causou um estranhamento, uma sensação nunca sentida antes, eu não entendi nada, só sentia...
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